terça-feira, 9 de junho de 2020

Epidemiologia de Guillain-Barré


Epidemiologia de Guillain-Barré

Segundo Tavares et al. (2000), a SGB é uma patologia que ocorre em todo mundo, em qualquer época do ano, afetando adultos e crianças, homens e mulheres, independente da classe social e hábitos de vida, parecendo ser mais freqüente com o avançar da idade e mais comum nos homens, com incidência anual na América do Norte de 02 a 04 casos por 100.000 habitantes, apresentando padrões epidemiológicos semelhantes no mundo todo. Já de acordo com Nachamkin, Allos, e Ho (1998), a média anual de incidência das formas clínicas de doença diagnosticada como SGB é de 1,3 casos a cada 100.000 habitantes e não existe relação de ocorrência da síndrome com a sazonalidade. Para Platón et al. (2003), a SGB pode acometer qualquer idade, apresentando tendência bimodal, com um pico de acometimento entre a 2ª e 3ª década de vida e outro pico entre a 5ª e 7ª década de vida. Em estudo realizado por Fonseca et al. (2004), observou-se predomínio da SGB nos pacientes do sexo masculino, na proporção de 10 para cada 5 mulheres e a idade entre 30 e 78 anos, sendo a idade média de 50,2 anos. Por outro lado, Juyo, Villalba e Chacón (1999) encontraram uma proporção de 3:1 do sexo masculino em relação ao feminino, para o grupo etário de 06 a 10 anos. Segundo descreve Cecatto et al. (2003), tal patologia acomete tanto o sexo masculino quanto o feminino (com predomínio do masculino) e tem como faixa etária de maior incidência os adultos jovens entre os 20 a 30 anos. No entanto, 20% de todos os casos ocorrem em crianças com idade inferior a 10 anos. Assim como todos os demais autores já citados, Funes, Montero e Carranza (2002) também relatam que a SGB é uma patologia de distribuição mundial e sua ocorrência praticamente independe da época do ano. Ela acomete qualquer idade, mas existem dois picos de maior ocorrência, e é uma patologia rara em crianças menores de um ano de idade. Não há predisposição clara para aquisição desta síndrome quanto ao sexo, mas vários estudos observaram que os homens são mais frequentemente afetados que as mulheres. Tal patologia, segundo os autores, apresenta incidência anual de 1,2 a 2,73 casos para cada 100.000 habitantes e há uma maior incidência entre a população geriátrica. Nela, a incidência anual para a síndrome pode chegar a até 8,6 casos para cada 100.000 habitantes maiores que 70 anos. Platón et al. (2003) referem que atualmente, ao contrário do que ocorria antigamente, quando a mortalidade por SGB era muito elevada, hoje, cerca de apenas 5% dos pacientes evoluem para óbito, em virtude do melhor entendimento sobre o desenvolvimento da doença, o que tornou possível melhores condições de tratamento.


SILVA, Dani L.D.; BENETI, Giseli M. Síndrome de Guillain-Barré. Ciências Biológicas e Saúde, Londrina, v. 27, n. 1, p. 57-69, jan/jun. 2006

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