Epidemiologia de Guillain-Barré
Segundo
Tavares et al. (2000), a SGB é uma patologia que ocorre em todo mundo, em
qualquer época do ano, afetando adultos e crianças, homens e mulheres,
independente da classe social e hábitos de vida, parecendo ser mais freqüente
com o avançar da idade e mais comum nos homens, com incidência anual na América
do Norte de 02 a 04 casos por 100.000 habitantes, apresentando padrões
epidemiológicos semelhantes no mundo todo. Já de acordo com Nachamkin, Allos, e
Ho (1998), a média anual de incidência das formas clínicas de doença
diagnosticada como SGB é de 1,3 casos a cada 100.000 habitantes e não existe
relação de ocorrência da síndrome com a sazonalidade. Para Platón et al.
(2003), a SGB pode acometer qualquer idade, apresentando tendência bimodal, com
um pico de acometimento entre a 2ª e 3ª década de vida e outro pico entre a 5ª
e 7ª década de vida. Em estudo realizado por Fonseca et al. (2004), observou-se
predomínio da SGB nos pacientes do sexo masculino, na proporção de 10 para cada
5 mulheres e a idade entre 30 e 78 anos, sendo a idade média de 50,2 anos. Por
outro lado, Juyo, Villalba e Chacón (1999) encontraram uma proporção de 3:1 do
sexo masculino em relação ao feminino, para o grupo etário de 06 a 10 anos.
Segundo descreve Cecatto et al. (2003), tal patologia acomete tanto o sexo
masculino quanto o feminino (com predomínio do masculino) e tem como faixa
etária de maior incidência os adultos jovens entre os 20 a 30 anos. No entanto,
20% de todos os casos ocorrem em crianças com idade inferior a 10 anos. Assim
como todos os demais autores já citados, Funes, Montero e Carranza (2002)
também relatam que a SGB é uma patologia de distribuição mundial e sua
ocorrência praticamente independe da época do ano. Ela acomete qualquer idade,
mas existem dois picos de maior ocorrência, e é uma patologia rara em crianças
menores de um ano de idade. Não há predisposição clara para aquisição desta
síndrome quanto ao sexo, mas vários estudos observaram que os homens são mais
frequentemente afetados que as mulheres. Tal patologia, segundo os autores,
apresenta incidência anual de 1,2 a 2,73 casos para cada 100.000 habitantes e
há uma maior incidência entre a população geriátrica. Nela, a incidência anual
para a síndrome pode chegar a até 8,6 casos para cada 100.000 habitantes
maiores que 70 anos. Platón et al. (2003) referem que atualmente, ao contrário
do que ocorria antigamente, quando a mortalidade por SGB era muito elevada,
hoje, cerca de apenas 5% dos pacientes evoluem para óbito, em virtude do melhor
entendimento sobre o desenvolvimento da doença, o que tornou possível melhores
condições de tratamento.
SILVA,
Dani L.D.; BENETI, Giseli M. Síndrome de Guillain-Barré. Ciências Biológicas e
Saúde, Londrina, v. 27, n. 1, p. 57-69, jan/jun. 2006
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